Começa aqui a serie que vai falar sobre coisas que aconteceram em lugares ou situações inusitadas. Vou começar por essa banda que conhecia a algum tempo, mas que me interessei mais por ela depois de sair do hospital.
Formada em Belém do Para, confesso que fiquei meio em duvida em relação a qualidade do som do quarteto de heavy metal formado tão longe do polo underground do Brasil. Felizmente logo percebi que estava terrivelmente enganado.
Fazendo uma mistura de estilos como heavy metal, theash metal, hardcore, punk, blues e pop com elementos regionais como carimbó, guitarrada e lindu, o resultado é um dos sons mais promissores que ouvi em todas as bandas nacionais formadas após 2000 (ainda mais considerando que com toda essa mistura de gêneros totalmente dispares a musica poderia sair horrível).
Não posso dizer que o som feito por Sammliz (vocal), Ed Guerreiro (guitarra), Ícaro Suzuki (baixo) e Ivan Vanzar (bateria) seja totalmente inovador, mas com toda a certeza é uma bela reviravolta em relação aos rumos tomados por varias bandas atuais adoradas por pré-adolecentes nem preciso dizer quais né?
Com três discos lançados, O Tao do Caos (2004), Madame Saatan (2008) e Peixe Homem (2011) esses paraenses ainda tem muita lenha pra queimar e espero que demore um bom tempo para lançarem aqueles acústicos toscos cheios de assobios sinal de fim de carreira.
Não vou falar sobre prêmios, já que até o Restart ganhou tudo que disputou no VMB. Nunca liguei muito pra opinião da crítica levo mais em consideração meu gosto pessoal pra classificar uma banda como “jovens promissores” ou “um crime por deixar as pessoas surdas”. Acho Madame Saatan a melhor banda nacional da qual tomei conhecimento nos últimos tempos.
Durante o processo de separação do Pará em mais dois estados, Tapajós e Carajás, tinha gente que tirava sarro dizendo que haveria mais dois Calipso. Isso realmente seria ruim para musica nacional, mas veja pelo lado bom: haveria mais dois Madame Saatan.