Não dá pra não deixar de pensar na suposta regra numero 36 da internet quando penso nesse filme: “Não importa o que seja, sempre será o fetiche de alguém. Sem exceções.”

Com essa temática, Crash traz os dois elementos que mais atraem a atenção dos telespectadores e que pode salvar até o mais toscos dos programas de TV: sexo e acidentes de carro. O filme conta a história de um grupo bastante incomum de pessoas que tem em comum o fetiche por acidentes de carros e fazer sexo dentro deles. Eles costumam elaborar até os mínimos detalhes em suas reproduções de acidentes famosos (destaque para a reprodução do acidente que matou James Dean) e não fazem uso de equipamentos de segurança em suas reproduções, buscando assim chegar o mais perto possível do acidente real.

Tirando as cenas iniciais de sexo, muito bem filmadas por sinal, o filme começa quando um produtor invade a pista contraria e bate de frente no Taurus de uma doutora. Ambos são internados em um hospital para acidentes aéreos no aeroporto e conhecem Vaughan, um antigo astro de TV, que apresenta a eles esse novo mundo.

Os modelos utilizados no filme, exceto aqueles usados em reconstituições, são modelos normais. Deve-se destacar porem o Lincoln Continental 1961 do Vaughan, que alem de ser conversível e ter portas suicidas, foi o carro onde John Kennedy foi alvejado em passeata no Texas em 1963.

É um filme muito bom que foge dos padrões do que normalmente é feito na América do Norte.

Recomendo.